quarta-feira, 26 de dezembro de 2007




(Sem título)

Quase nunca sou inocente!
E tenho antecedentes criminais pesados
Não há advogados para mim
Eu sou culpado em todos os tribunais do estado!

Comecei roubando beijos( selinhos!)
Estive uma época envolvido com tráfico de galanteios baratos
Assaltei ilusões... Grilei almas... Subornei paixões
Sou acusado de roubo de cargas pesadas de carência ...

Sou também processado por sonegação de amor
Apesar de nunca terem provado
Bandidos também amam
E por falta de provas podem ser inocentes

Do que você me acusa meu amor
Eu não posso ser culpado
Porque não posso roubar a mim mesmo
Não posso roubar você de mim mesmo

Eu sei, sou um bandido ou um pirata!
Mas nunca saquearia o nosso abraço,
Os beijos, os segredos trocados,
Os encontros marcados e muito menos todos os orgasmos...

Não posso ser culpado
De furtar os nossos poucos minutos, as fotografias,
os poemas que te escrevi,
E o teu cheiro que ainda está em mim...

Não posso seqüestrar Nora Jones de nossa trilha sonora,
nem você da minha cama, da minha pele, da minha alma, de minha vida!
Não posso piratear a doçura que está em você e
que me alivia...

Dessa vez sou inocente!
Mas você crê se quiser...
Porque numa relação entre bandidos e piratas
O que vale... é a palavra!

Gibran Jordão
26/12/2007
05:05 da madrugada.

3 comentários:

Equipe Ambulância Veterinária disse...

seu bandito sem vergonha...
ficou lindo gostoso de ler e de interpretar!!! adoro fazer teatro (caras e bocas)lendo as poesias!

Anônimo disse...

Infelizmente não há tipificação penal para as ações citadas no poema. Bem que poderiam inventar um código específico para evitar amores não correspondidos, desejos não supridos...Parabéns...Belos poemas! Lorena Neves

Anônimo disse...

Uuuuuuuum voce é mesmo foooooooorte em ? Gostei de todos os seus poemas cada um com uma dinamica belissima !